Notícia - Varredora denuncia crime de racismo17/07/2014
Varredora denuncia crime de racismo
A varredora e sindicalista Paula Aparecida Gomes (integrante da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana - Siemaco) foi vítima do crime de racismo na última terça-feira, quando participava de uma reunião em Itu na qual seriam discutidos detalhes do dissídio da categoria que representa. A autora da injúria, como é chamada juridicamente a ofensa, foi a também dirigente sindical Izaudite Sampaio da Silva.
Diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Sinetur), ela foi procurada pela reportagem para que se manifestasse, mas não deu o retorno solicitado. Um outro diretor da entidade informou que Izaudite estaria em Itu para passar por exame de corpo de delito, já que teria sido agredida.
Conforme anotado em Boletim de Ocorrência e também de acordo com relato da advogada Fabíola Ferrari que acompanha o caso, Paula e Izaudite tratariam com o representante jurídico de uma empresa de São Roque de assuntos trabalhistas. Consta que Izaudite ocupou uma cadeira ao lado da varredora que, "num gesto espontâneo" (como referido no B.O.), encostou nela.
A reação foi imediata e inesperada: "Tira mão de mim, sua preta suja!", teria dito Izaudite. Ultrajada e com a honra ferida, segundo sua advogada, Paula avançou contra a ofensora e teve de ser afastada por uma pessoa de nome Luiz. A vítima garante não ter praticado agressão alguma.
Ao Cruzeiro do Sul Fabíola Ferrari disse que deverá encaminhar a ação penal em nome de sua cliente. "Ela vai, sim, levar o caso adiante. É lamentável que ainda hoje tenhamos de assistir cenas tão deploráveis de afronta à dignidade da pessoa humana, de preconceito e intolerância racial", comentou.
Fonte: Cruzeiro do Sul
SIEMACO SOROCABA / SALTO - Sindicato Específico dos Empregados nas
Empresas de Limpeza Urbana, Áreas Verdes, Limpeza e Conservação