Notícia - Faltam protetor solar, luva e vassoura a garis em Itapeva.28/01/2016
Faltam protetor solar, luva e vassoura a garis em Itapeva.
Faltam protetores solares, luvas, vassouras e coturnos em boas condições às garis de Itapeva (SP), segundo denúncias de três profissionais sobre os equipamentos de proteção individual (EPI) à TV TEM nesta quarta-feira (27). “Eu compro coturno, compro luvas, compro protetor solar. Já comprei vassoura, a pá já mandei fazer. Eles não dão, e como vamos trabalhar com coisa ruim?”, questiona uma das funcionárias.
Gari diz já ter comprado equipamentos de protenção para trabalhar.
Outras profissionais também contaram sobre o problema ao Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), que irá notificar o Executivo e pode paralisar o serviço, assim como aconteceu em 20 de janeiro com a coleta de lixo. A Prefeitura de Itapeva informou que não foi notificada pelo MTPS até o momento.
Segundo a lei, as profissionais deveriam receber protetor solar para trabalharem. De acordo com outra gari, há mais de um ano que elas não recebem o produto. “Protetor solar pegamos uma vez só, mas faz mais de um ano que não temos. Se quisermos tem que pagar do próprio bolso”, conta ela que não quis revelar a identidade. Outra trabalhadora ressalta que não tem luvas para usar. “Eu mexo com lixo, inclusive umas duas ou três amigas furaram a mão porque tinha agulhas dentro do saco”, afirma.
Sem luvas, gari pega lixo com a mão e corre risco de se machucar.
O auditor fiscal do MTPS Paulo Roberto Warlet fala que há perigos às garis pela falta de equipamento. “Ao manipular os resíduos, ao agrupar embalagens, elas podem ter contato com material cortante, sofrer algum acidente e eventualmente sofrer uma infecção. Além disso há risco de substância química, por exemplo, como as lâmpadas fosforescentes que têm mercúrio”, explica.
Depois das denúncias das garis, o MTPS também identificou que as trabalhadoras não têm banheiros à disposição durante a jornada de trabalho e que falta refeitório. Elas fazem as refeições sentadas na calçada. Ainda de acordo com Warlet, outra questão é o não pagamento de 40% de insalubridade no salário mensal.
Warlet ainda afirma que a prefeitura tem dois dias para fornecer todos os equipamentos às funcionárias e 30 dias para providenciar banheiros e o refeitório. “Nós adotaremos medidas pelo não fornecimento e não exigência do uso dos equipamentos de proteção individual. Nos também podemos tomar medidas, como denunciar o fato ao Ministério Público do Trabalho [MPT]. Eventualmente até estudar a interdição da atividade, a exemplo do que aconteceu com os coletores de lixo”, conclui.
Fonte: Jornal G1
SIEMACO SOROCABA / SALTO - Sindicato Específico dos Empregados nas
Empresas de Limpeza Urbana, Áreas Verdes, Limpeza e Conservação